terça-feira, 15 de abril de 2008

Metodologia de Desenvolvimento de Produtos

fuçando o blog do Estúdio Breder me deparei com um comentário interessantíssimo sobre a metodologia de desenvolvimento de produtos:

Aonde esse mundo vai parar?

Porque ensinar uma metodologia 'clássica' de desenvolvimento de produtos, com todas etapas bem detalhadas (e em ordem) de definição do problema, pesquisa, briefing, geração de alternativas, detalhamento técnico, modelo virtual, protótipo e produto final, se o mercado 'não é mais como era antigamente'?

Desde o tempo do mundo preto & branco, o lema para o desenvolvimento de produtos tem sido algo como 'ache um problema e resolva-o!'. Hoje poderia se definido como 'ache uma oportunidade e agarre-a!', vide a infinita variedade de produtos 'hereges' que não resolvem nenhum problema aparente. Tapetes em forma de cofre, cofres em formas de bombas, bombas em forma de almofadas. Aonde esse mundo vai parar?

Lá se vai o tempo em que ouvia meus professores dizerem: isso não é design, é arte. Design resolve um problema, arte significa uma expressão do artista, sem produção em série. Isso hoje é complicado... existem artistas (e tantos outros) que fazem design. Existem produtos que parecem obras de arte, mas são seriadas. Existem peças únicas feitas por designers... aonde esse mundo vai parar?

Outro dia falava para alguns alunos sobre essas impressões. Dizia a eles sobre a incoerência de fazermos tudo igual, esperando um resultado diferente. Porque utilizar a metodologia 'correta' para um mercado que cada dia mais se porta de forma diferente?

Estamos numa transição muito clara entre a metodologia do 'faça o certo' e de uma que pode ser descrita como: 'faça da melhor maneira que você sabe fazer!' Demorei alguns anos para perceber que não há uma metodologia clássica a ser seguida. Há uma metodologia a ser ensinada, digerida e adaptada por cada um... não há mais, para infelicidade de alguns, 'A' formula certa. Existem muitas possibilidades... por isso me pergunto: aonde esse mundo vai parar?

(Certamente muito longe!)

Por Marcos Breder
marcos@estudiobreder.com

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